ASSOCIAÇÃO Entre a Leucose Enzoótica Bovina e a Mastite

Nome: SAYANNE LUNS HATUM DE ALMEIDA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 23/02/2017

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DIRLEI MOLINARI DONATELE Examinador Externo
GRAZIELA BARIONI Orientador
ISABELLA VILHENA FREIRE MARTINS Examinador Interno

Resumo: A Leucose Enzoótica Bovina (LEB) além de causar prejuízos econômicos acarreta em importantes alterações na imunidade. Isso, acabar por comprometer a resposta frente a outros agentes patogênicos, aumentando assim, a chance de desenvolvimento de outras doenças concomitantes, principalmente doenças infecciosas, entre elas a mastite. O objetivo do presente estudo foi avaliar se há associação entre a LEB e a mastite, além de determinar a prevalência da LEB e da mastite em vacas leiteiras na região do Caparaó, ao sul do Estado do Espírito Santo. Foram utilizadas 899 vacas mestiças, com aptidão leiteira em diferentes fases de lactação provenientes de
propriedades localizadas nos 12 municípios que compõem a região do Caparaó
Capixaba, no Sul do Espírito Santo. A detecção da mastite clínica foi realizada por meio da identificação dos sinais clínicos de inflamação na glândula mamária e pelo teste da caneca de fundo preto e a mastite subclínica foi diagnosticada pelo teste CMT (California Mastite Teste). O diagnóstico da LEB foi realizado por meio da técnica de imunodifusão em ágar gel (IDGA). Os resultados foram tabelados e demonstradas as prevalências por meio de análise descritiva. A análise estatística do coeficiente de correlação de Spearman foi realizado para verificar o grau de correlação entre presença de mastite, mastite clínica, presença de mastite subclínica e a LEB. As
associações entre a variáveis dependentes (mastite, mastite clínica e mastite
subclínica) e a variável independente (leucose) foram estimadas pela razão dos produtos cruzados- Odds Ratio (OR) e respectivos intervalos de 95% de confiança. O teste Qui-quadrado foi utilizado para verificar a significância das associações. A prevalência para LEB encontrada no Caparaó, foi de 56,51% (508/ 899). Das 70 propriedades, 94,29% apresentaram pelo menos um animal positivo para a enfermidade. Foi observado a presença de mastite clínica e subclínica em 5,78% (53/899) e 44,27% (398/899) dos animais avaliados, respectivamente. Foram encontradas 61,24% (253/ 418) de vacas com mastite e positivas para LEB. A mastite (=0,088; p=0,008) e a mastite subclínica (=0,091; p=0,006) apresentaram correlação significativa positiva com a leucose à nível de 0,01 de significância. Enquanto que a mastite clínica (=0,077; p=0,021) mostrou correlação positiva com a leucose. O valor Odds Ratio (OR) variou de 1,101 - 1,874, 1,099 - 3,745 e 1,109 - 1,893 para mastite, mastite clínica e mastite subclínica respectivamente. Ou seja, a infecção pelo vírus da Leucose Bovina (BLV) aumenta as chances do animal infectado
adquirir mastite, mastite clínica ou subclínica. Observou-se com este trabalho que animais com LEB tem cerca de 2,03% mais chances de adquirirem mastite clínica, e 1,45% mais chances de adquirirem mastite subclínica. Diante dos dados obtidos é possível concluir que o BLV encontra-se amplamente disseminado nos rebanho leiteiros da região do Caparaó Capixaba e as prevalências de mastite encontram-se elevadas. Além disso, constatou-se que a LEB pode aumentar as chances do animal adquirir mastite, seja ela na sua forma clínica ou subclínica.

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