Efeitos fisiológicos e antinociceptivos da administração epidural de morfina e fentanil em equinos conscientes.

Nome: ANDRESSA BRITO DAMACENO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 17/02/2023
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
LEONARDO OLIVEIRA TRIVILIN Orientador
MARIA APARECIDA DA SILVA Examinador Interno
RAFAEL OTAVIANO DO REGO Coorientador

Resumo: A analgesia epidural por opioides em equinos apresenta excelente ação
antinociceptiva, porém não muito utilizada na hipiatria devido seus efeitos adversos. Objetivou-se comparar os efeitos fisiológicos e antinociceptivos por via epidural de morfina e fentanil, isolados ou coadministrados, em equinos conscientes. Utilizou-se cinco equinos hígidos, submetidos à cateterização epidural. Cada animal recebeu morfina (0,1 mg/Kg), fentanil (2 μg/Kg) e associação de morfina (0,15 mg/Kg) e fentanil (1 μg/Kg). Os parâmetros avaliados em T0 (baseline) e aos 15’ (T025), 1h (T1), 4h (T4), 12h (T12) e 20h (T20) foram: frequências cardíaca (FC) e respiratória
(FR), motilidade intestinal, temperatura retal (TR), sedação, comportamento, ataxia e
escores de antinocicepção frente a estímulos térmicos (frio e quente) e mecânico, em tuberosidades isquiática e coxal, e regiões lombar, tibial e torácica. Não houve alteração significativa em FC e TR (p>0,05). Fentanil elevou a FR em T20 em comparação ao T0 (0<0,05). No quadrante dorsal direito morfina isolada e em associação reduziram a descarga ileocecal em T025 e T1 (p<0,05). No quadrante dorsal esquerdo, a associação diferiu entre os fármacos isolados em T1, e morfina isolada e em associação reduziram a motilidade em relação ao T0 em T025 e T1 (p<0,05). No quadrante ventral direito, a associação reduziu a motilidade intestinal em T025 e em T1, e morfina elevou em T12 em relação ao T0 (p<0,05). No quadrante ventral esquerdo, a coadministração reduziu a motilidade intestinal frente
aos outros fármacos, e em relação ao T0, morfina reduziu em T025, T1 e T4; e
coadministração em T025 e T1 (p<0,05). Houve sedação discreta em T1 quando utilizado morfina isolada e associação (p<0,05). A ataxia se elevou em relação ao T0 em T025, T1 e T4 em todos os tratamentos e morfina isolada em T12 (p<0,05), diferindo entre os grupos em T025 na associação (p<0,05). A antinocicepção se elevou principalmente no intervalo entre T1 e T4, em que o estímulo gelado promoveu maiores escores antinociceptivos em dermátomos isquiático, coxal e lombar; sob estímulo quente todos os dermátomos se destacaram; já antinocicepção mecânica foi melhor observada nos dermátomos coxal e lombar (p<0,05). Concluiuse que fentanil demonstrou menores efeitos fisiológicos, morfina apresentou efeitos antinociceptivos mais potentes nas 12 primeiras horas e a associação demonstrou analgesia intermediária, com efeitos mais pronunciados nos parâmetros fisiológicos.

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